CHICO VELLOZO
CHICO VELLOZO
Botafoguense e torcedor da Portela Chico, é formado em erros e acertos da vida e um grande observador do cotidiano.

Por: CHICO VELLOZO

14/01/2024

08:52:59

BELEZA NA TRISTEZA

Mais recentemente comecei a prestar atenção em Lupcínio Rodrigues! É impressionante a habilidade dele com as palavras quando discorre sobre uma intensa frustação amorosa.
BELEZA NA TRISTEZA
Desde muito jovem tive um enorme interesse por letras de músicas. Meu gosto não era muito bem entendido pelos meus amigos que brincavam dizendo que eu era um eterno apaixonado, um romântico. Sempre gostei de boa música e algumas até me fazem chorar.

Realmente me emociono profundamente com a apresentação de uma orquestra, notadamente a primorosa apresentação da canção tema do filme Era Uma Vez No Oeste (https://youtu.be/i8BfrrOuEEs). 

Se a melodia me encanta, as letras me inebriam. Sou muito eclético! De Moreira da Silva a Tom Jobim, passando por Pixinguinha, Cartola, Caetano, Chico, Gil, Milton Nascimento, Rita Lee, Moraes Moreira, Cazuza, Lulu Santos, Paulinho da Viola, Noel Rosa, Gonzaguinha... entre tantos outros talentosíssimos gênios do cenário artístico. me permitem contrariar a crença popular de que ninguém é insubstituível. Eles foram únicos e, para mim, incomparáveis.

Não curto “sofrência”, pelo contrário, aprecio a alegria de viver. Apenas me deixo levar pela emoção. Nem sempre a beleza está em coisas alegres, com certeza, existe muita beleza na tristeza. 

Mais recentemente comecei a prestar atenção em Lupcínio Rodrigues! É impressionante a habilidade dele com as palavras quando discorre sobre uma intensa frustação amorosa. Em Vingança (https://youtu.be/ZXFginzWtFc ), um dos seus grandes sucessos, ele conta uma profunda “dor de cotovelo” com maestria. 

Essa música machuca o âmago das pessoas, entretanto, o interessante é que, apesar de relatar tanto
dor, ele era grato a quem lhe causou desmedido sofrimento inspirando-o a compor: “sofri, mas ganhei dinheiro.”

Para quem gosta de obras-primas: 

VINGANÇA

“Eu gostei tanto

Tanto quando me contaram

Que a encontraram

Bebendo e chorando

Na mesa de um bar

E que quando os amigos do peito

Por mim perguntaram

Um soluço cortou sua voz

Não lhe deixou falar

Mas eu gostei tanto

Tanto, quando me contaram

Que tive mesmo de fazer esforço

Para ninguém notar


O remorso talvez seja a causa

Do seu desespero

Ela deve estar bem consciente

Do que praticou

Me fazer passar esta vergonha

Com um companheiro

E a vergonha

É a herança maior que meu pai me deixou

Mas, enquanto houver força no meu peito

Eu não quero mais nada

E pra todos os santos

Vingança, vingança

Clamar

Ela há de rolar qual as pedras

Que rolam na estrada

Sem ter nunca um cantinho de seu

Para poder descansar”

FRIWEB
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