ATTILA MATTOS
ATTILA MATTOS
Nascido em Niterói, Attila Pereira Gomes de Mattos Neto (63 anos) fez a opção por se estabelecer em Nova Friburgo. Apaixonado pelo município, ele é proprietário da tradicional Veterinária Mury, localizada no 8º distrito friburguense. Há 40 anos no mercado, Attila aborda em sua Coluna questões relacionadas a saúde animal e zoonoses. “Desejo que minha participação seja útil na manutenção da saúde dos animais que são nossos companheiros nessa viagem que fazemos na Terra através do universo. Desejo ser útil também na prevenção das doenças dos homens que são transmitidas pelos animais (zoonoses)”.

Por: ATTILA MATTOS

19/02/2023

07:24:28

DULCE E SEU AMOR PELOS ANIMAIS

Mais uma vez vejo Dulce entrando em minha clínica com outra cadelinha para ser castrada...
DULCE E SEU AMOR PELOS ANIMAIS
..E sempre acompanhada de sua fiel amiga Regina que, por possuir automóvel, transporta os animais abandonados recolhidos nas ruas por Dulce. Na verdade elas são parceiras nessa missão de salvar os cães e gatos. Eu sempre me perguntei como aquela mulher visivelmente sem grandes condições financeiras, consegue pagar as cirurgias e tratamentos desses animais, apesar dos meus descontos e divisões dos custos no cartão ou cheque como sempre faço para essas protetoras dos animais.
Um dia, sentados na recepção da clínica em mais uma visita de Dulce, conversamos, e eu entendi como se formam “as cachorreiras” ou “gateiras”, como são chamadas carinhosamente essas mulheres que dedicam grande parte de suas vidas para minimizar a dor desses animais sofridos. Alguns homens também se dedicam a essa missão. Ela contou que perdeu sua filha única com câncer aos 9 anos de idade e logo em seguida seu casamento acabou também. 

Toda essa dor gerou um quadro depressivo em nossa amiga que a levou ao alcoolismo. Num determinado momento, no fundo de poço, apareceu na porta de sua casa um cão perdido e doente que adotou e, enfim, ela cuidou dele e ele cuidou dela. Ambos sobreviveram e, quando ela estava bem, fez uma promessa para si mesma de que se conseguisse vencer o alcoolismo, cuidaria de todos os animais doentes que surgissem no seu caminho. 

O mais incrível é que ela conta essa estória dolorosa com um sorriso meigo de quem venceu a dor e saiu dela fortalecida e madura. É o que a psicologia chama de resignação dinâmica, isto é, aceita, mas com ação, e a ação dela foi de cuidar de animais sem dono. O relato de Dulce me comoveu pelo fato de ter perdido a única filha, o casamento, nunca mais ter se casado ou ter tido filhos e ainda ser essa pessoa alegre e feliz, doce e carinhosa, e sempre de bem com a vida. 

Hoje, quando ouço alguém dizer que essas “cachorreiras” são loucas, eu pergunto: você sabe o que se passou na vida delas? Você sabe o que passa no coração dessas senhoras? O trabalho dessas pessoas representa “o amar não importa a quem”, o “amar acima de tudo” ou o “amor animal”. Se não fosse por elas, qual seria o destino desses animais abandonados? Seria o sofrimento, a dor e a morte sem amparo algum.

Comparo os animais abandonados às crianças e aos idosos abandonados, e tem que ter gente para cuidar de todos. As minorias indefesas tem que ser sim protegidas pelos mais fortes pois somos todos seres viventes e criaturas de Deus.” Fora da caridade não há salvação”. Talvez para os materialistas radicais essa máxima e a ação dos caridosos seja uma idiotice completa mas os minimamente espiritualizados compreendem bem o sentimento desses atores socias, mesmo porque quando a gente ajuda quem precisa, nós é que estamos sendo ajudados; é a lei de causas e efeitos. 

É uma oportunidade que Deus está nos dando de fazer o bem; e o que é estamos fazendo de nossas oportunidades? Gostaria de aproveitar esse espaço para parabenizar o trabalho dessa gente abnegada que tem olhos de ver e ouvidos de ouvir ao sofrimento alheio. Por mais que o homem seja um ser mesquinho enquanto existir alguém aliviando o sofrimento de um bichinho haverá esperança para o mundo. Portanto, caros leitores, é preciso amar os animais com responsabilidade.


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