CLAUDIO PINTO
CLAUDIO PINTO
Enófilo, sommelier (ABS) e consultor especializado na área de vinhos e bebidas alcoólicas. Atua no ramo há mais de 30 anos, com passagens por empresas renomadas como Duty Free e Zona Sul Supermercados, além de ministrar aulas de enologia na Faculdade de Gastronomia da Candido Mendes e prestar consultoria para pessoas físicas e jurídicas ligadas ao varejo de vinhos.

Por: CLAUDIO PINTO

21/09/2024

16:41:11

VINHO É SÓ PARA QUEM ENTENDE?

Uma questão que já ouvi muitas vezes: vinho é só para quem entende?
VINHO É SÓ PARA QUEM ENTENDE?
Para responder essa pergunta temos que considerar que para ter entendimento de algo é preciso descobri-lo, seja através da teoria, da experiência, ou melhor ainda, de ambas.

Já parou para pensar em quantas coisas você não possui conhecimento, mas aprecia? Com o vinho não é diferente. Por mais que para se ter uma degustação técnica é preciso ter conhecimento na área, porém se usarmos o nosso lado intuitivo, podemos nos surpreender positivamente com os resultados.

Em minhas aulas para iniciantes costumo dizer que, se você não está habituado a consumir vinho, procure fazê-lo acompanhado de comida. É claro que existem regras clássicas de harmonização, mas nada o impede de testar algumas combinações. Vou ajudá-lo.

 Primeiro sugiro que você defina o prato que será consumido, preferencialmente algum de seu agrado. Isto feito, pense nas características da comida como textura (macio ou duro), teor de gordura (leve ou gorduroso), salgado ou doce, ácido ou
amargo. Com estas predefinições ficará mais fácil a escolha do vinho.

Por exemplo, o prato escolhido é um peixe grelhado com salada. Aqui temos textura macia, leveza, salgado e levemente ácido. Neste caso a boa escolha seria um vinho branco jovem, pois os brancos são mais leves do que os tintos, com maior acidez e servidos em temperaturas mais baixas. Com esta combinação ficará mais interessante, e gostoso, não só o prato como o vinho.

Se por outro lado você for convidado para um churrasco e deseja levar um vinho, teremos a seguinte situação: carnes com várias texturas, mas não delicadas pelo processo de cozimento na brasa, além alto teor de gordura e amargor. Considere que neste caso a degustação da carne é muito mais “pesada” do que a do peixe, e por isso o vinho mais recomendado é um tinto, que tenha um bom corpo, acidez equilibrada e seja tânico (aquela sensação de adstringência quando engolimos o vinho), pois assim ele será capaz de “limpar a boca” a cada gole.

Resumidamente seria dizer, pratos leves com vinhos leves, pratos fortes com vinhos fortes. Esta é só uma pequena dica para quem deseja se iniciar no delicioso mundo dos vinhos.

Até a próxima!

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