Por: SCHEILA L. SANTIAGO JORNALISTA/PRODUTORA DE CONTEÚDO
21/04/2021
13:38:18
POLO DE MODA ÃNTIMA QUER CONTINUAR 'COSTURANDO ESPERANÇA'
Diferente do que muitos pensam, os ambientes de trabalho dessas indústrias, 897 formalizadas com seus CNPJs, são mais seguros que qualquer outro levando-se em consideração os rÃgidos protocolos que seguem desde o inÃcio da pandemia, indicados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e as medidas já solicitadas pelos órgãos de Saúde do paÃs.
Pensando nos números de empregos diretos (cerca de 20 mil) e indiretos (18 mil), que correm o risco de diminuir com as medidas adotadas pelos governantes, a organização do movimento levou para a praça 897 cadeiras e em cada uma delas foi fixado um cartaz com um número fictÃcio de CNPJ e também a quantidade de pessoas supostamente empregadas em cada uma delas, o que gerou a compreensão do tamanho e importância do polo para a economia. Durante o ato foram distribuÃdas cerca de 4 mil máscaras em parceria com a Cruz Vermelha de Nova Friburgo.
Há 3 semanas, praticamente, vigora em Nova Friburgo a Bandeira Roxa (risco muito alto de contaminação) com sistema de rodÃzio do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa JurÃdica), que determina que as empresas funcionem em dias alternados para evitar aglomeração, mas que não condiz com a realidade vivida pelas empresas do polo de moda Ãntima. Por isso, esses empresários solicitam ao Poder Público que reveja e considere as demandas de cada setor, até porque, há de se considerar que outros polos de lingerie se mantêm abertos e que o de Nova Friburgo está perdendo mercado com essa medida. Em breve pesquisa feita entre os empresários de Nova Friburgo, o setor já contabiliza queda nas vendas à distância em torno de 40 a 50% e mais de 80% em vendas presenciais.
Segundo os próprios empresários, são feitos testes regularmente nos colaboradores (mais de 6.400 até o momento); criaram turnos para as refeições dos funcionários, para que não haja aglomeração; em parceria com a Cruz Vermelha da cidade higienizam constantemente os ambientes onde há circulação de pessoas; é aferida a temperatura de cada um na entrada, diariamente; é obrigatório o uso de máscara no ambiente de trabalho; recomenda-se o uso de álcool em gel nas mãos sempre que necessário, insumo este fornecido pela empresa; respeita-se o distanciamento entre funcionários de no mÃnimo 1,5m; em alguns casos é fixado plástico entre as máquinas de costura fazendo uma barreira, assim como orienta-se ao uso de tocas para cobrir os cabelos; entre outras medidas sanitárias. Para eles, não há como agir diferente, pois a saúde dos colaboradores tem importância capital e sem eles não há mão de obra e nem produção para fazer a roda da economia girar.
Quem passou pela praça pôde ler frases estampadas em banners com as principais reflexões que os empresários vêm fazendo diante do atual cenário pandêmico: "É mais seguro estar na confecção do que na rua!"; "Cuidamos de nosso maior patrimônio: os colaboradores!"; "Todo trabalho é essencial!"; "Estamos fazendo nossa parte!"; "Vacina para todos já!"; "Mais médicos!"; "Não podemos pagar esta conta sozinhos!"; "Desemprego e fome também matam!"; "Uso de máscaras nas ruas: fiscalize!"; "Não somos criminosos! Geramos empregos!"; "Insumos para os hospitais!"; "Transporte público seguro!"; "Maior polo produtor de moda Ãntima do paÃs pede socorro!".