
Por: ATTILA MATTOS
02/04/2022
07:53:18
DULCE E SEU AMOR PELOS ANIMAIS

Um
dia, sentados na recepção da clínica em mais uma visita de Dulce, conversamos,
e eu entendi como se formam “as cachorreiras” ou “gateiras”, como são chamadas
carinhosamente essas mulheres que dedicam grande parte de suas vidas para
minimizar a dor desses animais sofridos. Alguns homens também se dedicam a essa
missão. Ela contou que perdeu sua filha única com câncer aos 9 anos
de idade e logo em seguida seu casamento acabou também. Toda essa dor gerou um
quadro depressivo em nossa amiga que a levou ao alcoolismo. Num determinado
momento, no fundo de poço, apareceu na porta de sua casa um cão perdido e
doente que adotou e, enfim, ela cuidou dele e ele cuidou dela. Ambos
sobreviveram e, quando ela estava bem, fez uma promessa para si mesma de que se
conseguisse vencer o alcoolismo, cuidaria de todos os animais doentes que
surgissem no seu caminho. O mais incrível é que ela conta essa estória dolorosa
com um sorriso meigo de quem venceu a dor e saiu dela fortalecida e madura. É o
que a psicologia chama de resignação dinâmica, isto é, aceita, mas com ação, e
a ação dela foi de cuidar de animais sem dono.
O
relato de Dulce me comoveu pelo fato de ter perdido a única filha, o casamento,
nunca mais ter se casado ou ter tido filhos e ainda ser essa pessoa
alegre e feliz, doce e carinhosa, e sempre de bem com a vida. Hoje, quando ouço
alguém dizer que essas “cachorreiras” são loucas, eu pergunto: você
sabe o que se passou na vida delas? Você sabe o que passa no coração dessas
senhoras? O trabalho dessas pessoas representa “o amar não importa a quem”, o
“amar acima de tudo” ou o “amor animal”. Se não fosse por elas, qual seria o
destino desses animais abandonados? Seria o sofrimento, a dor e a
morte sem amparo algum. Comparo os animais abandonados às crianças e aos idosos
abandonados, e tem que ter gente para cuidar de todos. As minorias indefesas
tem que ser sim protegidas pelos mais fortes pois somos todos seres viventes e
criaturas de Deus.” Fora da caridade não há salvação”. Talvez para os
materialistas radicais essa máxima e a ação dos caridosos seja uma idiotice
completa mas os minimamente espiritualizados compreendem bem o sentimento
desses atores socias, mesmo porque quando a gente ajuda quem precisa, nós é que
estamos sendo ajudados; é a lei de causas e efeitos. É uma oportunidade que
Deus está nos dando de fazer o bem; e o que é estamos fazendo de
nossas oportunidades?
Gostaria
de aproveitar esse espaço para parabenizar o trabalho dessa gente abnegada que
tem olhos de ver e ouvidos de ouvir ao sofrimento alheio. Por mais que o homem
seja um ser mesquinho enquanto existir alguém aliviando o sofrimento de um
bichinho haverá esperança para o mundo.
Portanto,
caros leitores, é preciso amar os animais com
responsabilidade.
COLUNA

O SEPULTAMENTO DO DR. ANTENOR BAPTISTA E O (...)
COLUNA

INCONGRUÊNCIA NOS TIRA DO EQUILÍBRIO
COLUNA

“CAUSOS” FRIBURGUENSES
COLUNA

MUNDO ONLINE – A VIDA COMO ELA É
COLUNA

PIRACANGA, UM LUGAR ABENÇOADO!!!
COLUNA
