Por: ANDREIA CONSTÂNCIO
03/08/2021
14:10:50
TERESA YOSHIKO, PRIMEIRA PRODUTORA A CONSEGUIR LEGALIZAR O LÚPULO BRASILEIRO, VISITA PRODUTORES DO INTERIOR DE SÃO PAULO
Segundo Teresa, a viagem foi importante para trocar experiências, principalmente com o viés de pesquisa, pois o objetivo foi entender como está a produção de lúpulo neste microclima que é o estado de São Paulo.
“Ver no campo o que é estudado pela academia e todos os órgãos que estão no projeto, foi uma experiência enriquecedora. Até mesmo porque é importante conhecer de perto pessoas sérias que estão construindo essa história no paÃsâ€, comentou.
HOPS BRASIL Viveiro São José do Rio Preto - produtores Ricardo e Max
O plantio de lúpulo do Brasil precisa ser levado a sério e a intenção principal
da viveirista foi estar mais próxima desses produtores de São Paulo.
Apesar de seu trabalho de pesquisa e esforços pela cultura do lúpulo no paÃs
ser reconhecido e elogiado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento), Teresa Yoshiko vem sendo alvo de constantes ataques
questionando sua idoneidade. “O fato de ser mulher incomoda quem não quer investir
ou até mesmo estudar a cultura. Prego que fica mais alto, leva mais
marteladaâ€, comenta a produtora, sem querer fazer alarde desses ataques de
concorrentes. Como boa brasileira, com descendência japonesa, ela não se deixa
abalar e segue em frente ajudando quem precisa no campo.
O Lúpulo em São Paulo
A primeira produção visitada por Teresa Yoshiko, que esteve todo tempo
acompanhada por Ana Pampillón, coordenadora da Rota Cervejeira RJ e também
amante da cultura da produção de lúpulo no paÃs, foi na cidade de Holambra, na
Hopstecker. Uma produção orgânica e processada em forma de “plugsâ€, é
novidade no beneficiamento do lúpulo. Com muito aroma e óleos essenciais acima
da média, esse lúpulo foi utilizado no projeto do “Pint os Science†esse ano,
em que a Ana participou.
Lúpulos Dalcin - Taguaà - produtor Leandro
Depois, as duas "desbravadoras do lúpulo nacional" estiveram em São
José do Rio Preto, na Hops Brasil, onde foram recebidas por Ricardo Beolchi, um
dos sócios e também precursores na importação de mudas no paÃs. Visitaram
também, os produtores Lúpulos Dalcin, Bravaterra e Manti Hops, passando pelas
cidades de Taguai, Fartura e Cruzeiro.
BRAVATERRA Fartura - produtor Daniel
“Que momento especial estou vivendo hoje. Em 2018 consegui a legalização do
lúpulo no paÃs. Depois dessa conquista grandiosa, me dediquei ao viveiro,
produzindo mudas de diferentes cultivares buscando qualidade. Paralelo a isso,
e com a mesma dedicação, ajudei a montar a ART onde os futuros produtores hoje
têm acesso a crédito agrÃcola pelo Banco do Brasil, pesquisas na área de
nutrição e irrigação. Os desafios e conquistas não pararam por aÃ, em 2019
tivemos um avanço extraordinário no plantio, foram mais de 5 mil mudas
plantadas. Em 2021, em meio a pandemia, mais conquistas vieram, quando
iniciamos um projeto com melhoramento genético montando parcerias com as
universidades e os produtores. Com tudo isso não poderia ser diferente, resolvi
fazer a primeira importação de mudas comerciais dos EUA, profissionalizando
ainda mais o cultivo do lúpulo no paÃs. Decidi fazer esta visita aos produtores
de São Paulo para expandir os horizontes. Visitei alguns produtores que
adquiriram minhas mudas, há alguns anos, aprendendo e compartilhando
conhecimentos em prol da cultura, e conheci futuros produtores. O caminho
a trilhar é longo, mas prazeroso. Um brinde bem Lupulado!â€, declarou Teresa
Yoshiko.
MANTIHOPS Cruzeiro - produtor Eddie